Retrospectiva 2013: Novelas das nove (Rede Globo)


Só vou fazer um adendo antes de começar, apesar da Globo já estar anunciando suas novelas como "novela das nove", pra mim sempre será das oito. Pronto, vamos falar dessa preciosidade que faz multidões pararem, faz o coração do Brasil bater mais forte e por mais imbecil que seja sua história, alguma expressão vai virar bordão e todo mundo saberá do que você falando: A NOVELA DAS OITO!  ♥


Esse ano a emissora da família Marinho teve de lidar com uma situação peculiar, os órfãos de uma novela, para ser mais exato, de Avenida Brasil. A trama de João Emanuel Carneiro é considerada uma das mais relevantes novelas da teledramaturgia contemporânea. e já é considerada a mais vendida pelo mundo afora. Ter o (des)prazer de escrever uma novela posterior ao tamanho sucesso de Avenida Brasil, era tarefa difícil e nem Glória Perez que traz estrondosos sucessos na carreira deu conta do recado. Salve Jorge começou em outubro do ano passado e gastou cinco meses do nosso lindo 2013. Dentre mortos e feridos, pode-se dizer que salvaram-se todos. A novela foi bombardeada pela crítica especializada (e também pelos não especializados telespectadores do twitter). Com erros de continuidade e história que parecia fazer parte de uma trilogia O Clone - Caminho das Índias - Salve Jorge, a novela não engrenou e passou perto de ser uma novela esquecida pelo público. Mas graças aos absurdos, Salve Jorge entrou na lista de novelas mais "irreverentes" da atualidade, com momentos em que parecíamos estar vendo uma trama de realismo fantástico. E Glória Perez não fez por menos, não negou tal situação, ela apenas pediu para os telespectadores "voarem" com ela. Quem estava disposto, embarcou no primeiro avião com destino à felicidade na companhia de Glorinha, quem não estava, desligou a TV, esperneou, gritou, mas a novela permaneceu no ar. Outro momento que virou o estopim na trama foram os atores escolhidos, desde os secundários que eram bons demais para aparecer a cada vinte capítulos, até a escolha de pouco conhecida na TV, Nanda Costa, como mocinha. A novela era anunciada e já se ouviam burburinhos a respeito da moça, onde na realidade parecia não ter motivo concreto, era apenas o velho "não fui com a sua cara". Salve Jorge amarga o título de menor audiência de uma novela das nove dos últimos tempos, mas graças às suas "peculiaridades", a trama ficará pra sempre marcada na história da teledramaturgia, como cita Nilson Xavier em seu site Teledramaturgia.

Mas as críticas geraram ruído e repercussão. Salve Jorge sobreviveu do que repercutiu. Thammy Gretchen dançando "conga", travestis traficados, as surras que a vilã Wanda (Totia Meirelles) levou, a seringada no elevador, o wi-fi na caverna, viagens de jatinho à Turquia, o cabelo 'bipolar' de Morena, a igreja 24 horas, os personagens que sumiram, bebês dentro da bolsa, português falado na Turquia, a repetição de elenco e estilo, e o próprio bonde do recalque, só serviram para chamar a atenção do público.
Obs.: "Bonde do Recalque" foi o apelido dado por Glória Perez aos twiteiros que muito criticavam sua novela.  


Em maio a emissora apostava todas as suas fichas na estreia de Walcyr Carrasco no horário. Amor à Vida entrou com o intuito de alavancar a audiência e isso não parecia difícil, já que o autor conseguiu uma audiência de novela das seis semelhante à trama das oito da época - Alma Gêmea chegou a bater Bang Bang, exibida às 19 horas e Belíssima, às 20 horas. E nesse quesito, até que deu certo, a novela conseguiu uma audiência considerável e hoje é tida como uma "ilha" em meio à números tão catastróficos na emissora. Mas tão grande quanto seus números, são também as críticas que a trama de Walcyr recebe constantemente em redes sociais e sites especializados no assunto. Humor infantilizado, falta de coerência nos fatos, estereótipos, desvio de caráter constante dos personagens e uma livraria em pleno horário nobre - sempre rola uma dica de livro durante os capítulos -, tudo vira motivo para o público "cair de pau" em cima de Amor à Vida. Tanto que há boatos que o autor alegou querer voltar ao horário das seis. Eu já fiz tanta crítica à atual novela das nove, que vou me abster de maiores comentários, mas que pra mim ela está longe de ser um sucesso mesmo com números bons de audiência, isso com certeza está. 

Retrospectiva 2013: Novelas das sete (Rede Globo)


Atrasado em um dia, hoje sai o post das novelas das sete da Globo. O ano começou meio decadente no horário, com a trama de Sílvio de Abreu, Guerra dos Sexos


A novela foi transmitida durante os quatro primeiros meses do ano, encerrando em abril sua saga frustrante. Digo frustrante no sentido de que muito se esperou desse remake, por ter sido, em sua transmissão original, uma grande revolução na comédia e na teledramaturgia. A novela trouxe um humor meio retrógrado, e um requinte que tornou o público distante da trama. Com o avanço de núcleos mais populares nas novelas atuais, construir uma novela requintada hoje em dia é quase sinônimo de fracasso. Outro fator que pode ter contribuído é que diferente de Ti Ti Ti (2010), que tinha meio para sofrer alterações e trazer a história para os dias de hoje, Guerra dos Sexos não teve a mesma sorte. A trama da disputa entre homens e mulheres parecia não combinar, não se encaixar na sociedade moderna, na TV contemporânea. A novela encerrou como sendo uma dos maiores fracassos do horário, apesar de atores excelentes e texto de muito primor. 


Em abril estreava a primeira novela de autoria própria de Maria Adelaide Amaral, com seu pupilo Vincent Villari. Com um estilo que parecia mais saído de Malhação, a novela Sangue Bom agradou, mas ainda não conseguiu cumprir com a meta de audiência do horário. Totalmente díspar da antecessora, essa trama focava nos jovens, trazendo uma gama de protagonistas de vinte e poucos anos, com muita vitalidade e sangue para correr atrás de seus ideais. Sem grandes histórias inovadoras, a novela apelou para o humor escrachado e a sátira à mídia voltada para as subcelebridades - tão em voga nos tempos de hoje. Mas nem só de flores viveu Sangue Bom, a trama estava saturada de personagens e no fim, grandes nomes acabaram mortos dentro da trama. Malu Mader, Felipe Camargo, Yoná Magalhães, dentre outras estrelas, pouco destaque tiveram na história, por conta do grande enfoque em seis protagonistas, que inclusive acabaram ofuscando uns e outros. Por vários momentos, Giane (Isabelle Drummond) se apagou, assim como Maurício (Jayme Matarazzo), que passou a circular no núcleo secundário da novela. Mas mesmo entre deslizes e pecados, a novela se salvou, não foi fiasco e conseguiu ser bem elogiada pela crítica, além de contar com uma trilha sonora cativante e cenários vivos, alegres, diferente daquele ar cinzento da antecessora. Em minha opinião, Sangue Bom não foi nem a pior, nem a melhor novela; não contou uma grande história e mirou no folhetinesco e nas paródias para se manter viva durante os 160 capítulos; não houve inovação, nem grandes atuações, mas ao mesmo tempo deu destaque a alguns atores que viviam até então à mercê de papeis menos valorizados. Nilson Xavier a elegou como uma das melhores "obras" do ano dentro da TV, eu tenha minhas dúvidas, já que não vi grandes pontos para ela ser eleita como a mesma, mas não discorrerei sobre o assunto, pois serei apedrejado pelos leitores/fãs mais assíduos da trama de Maria Adelaide Amaral e Vincent Villari. 


Há dois meses tinha uma outra estreia que parece fracassar antes mesmo de começar. Além do Horizonte está na linha de novelas de autores novos, que a Globo vem promovendo bastante hoje em dia - vide Izabel de Oliveira e Filipe Miguez de Cheias de Charme, João Ximenez Braga e Cláudia Lage de Lado a Lado, Lícia Manzo de A Vida da Gente, etc. A proposta de Carlos Gregório e Marcos Bernstein era inovadora e se fosse um seriado, tinha tudo pra dar certo, mas como novela não vingou. A crítica alega que o maior problema foi o fato de a trama não trazer elementos folhetinescos, ou seja "uma novela que não quer ser novela". Encerrando o ano com cinquenta capítulos, a novela já consegue ser considerada o maior fracasso do horário; sabemos que ainda tem tempo para dar uma levantada nos números, mas mesmo assim, pouco se espera, já que não há viés para uma grande revolução na trama principal. Saudades de Janete Clair que promovia terremotos para salvar as novelas alheias. ♥
Em suma, o ano da Globo no horário das sete, assim como no das seis, foi morno! Sem grandes destaques, sem grandes novelas, o ano encerra com grandes frustrações e com a certeza de que o público ainda não está preparado para inovações no ramo teledramatúrgico. A emissora já começa a pré-produção da substituta de Além do Horizonte, que a princípio se chamará Geração Brasil. A trama terá externas no vale do silício, na Califórnia, pois abordará as novas tecnologias. Tem a assinatura da dupla de autores responsáveis pelo sucesso fenomenal de Cheias de Charme e terá direção de Denise Saraceni, mesma diretora da estreia da dupla. #Venha2014

Mini-Flashback: Roque Santeiro


Com muita satisfação eu finalizo 2013 com o maior sucesso da teledramaturgia brasileira. Escrita por Dias Gomes em parceria com Aguinaldo Silva, a novela conseguiu atingir índices inimagináveis de audiência e ser considerada a trama com mais auto número de IBOPE até hoje. A trama teve direção de núcleo de Paulo Gracindo, mas contou com grandes diretores da atualidade como Jayme Monjardim e Marcos Paulo. A abertura mostrava cenários brasileiros e a população, como em miniaturas, percorrendo frutos, flores e animais, ao som de um sucesso de Moraes Moreira. Confira:



O falso santo e a viúva que foi sem nunca ter sido. 

Era uma vez... um coroinha que acabou morrendo durante um ataque de Navalhada (Oswaldo Loureiro), um temido bandido da região de Asa Branca. Ele morreu tentando defender a cidade da fúria do vilão, ao menos era isso que alegavam pelas bandas da cidade. Desde então começaram a aparecer supostos milagres relacionados ao coroinha, como se ele tivesse se tornado um santo, o Roque Santeiro. Na realidade, ocorreu apenas um milagre, o de uma garota que alegava ter visto Roque depois do atentado, e não era pra menos, já que o garoto tinha, assim como toda a população, fugido da cidade e não estava morto. Porém, teve quem se aproveitasse da situação, como a falsa viúva, Porcina (Regina Duarte). Ela se uniu ao famoso fazendeiro e político da região, Sinhozinho Malta (Lima Duarte), com quem tinha um affair. Sinhozinho sempre contribuiu para o avanço da história do falso santo, com o intuito de trazer mais romeiros para a cidade. Ele e Porcina tinham uma relação cômica e infantilizada, ao mesmo tempo se tornava algo impensado pelos moradores de Asa Branca. Sinhozinho, sempre impondo seu jeito de pensar e agir, acaba se tornando, literalmente, um cachorrinho nas mãos de Porcina. 

Fonte: Memória Globo

Tudo ia bem nas redondezas, até que, anos depois, ressurge o suposto santo, vivo. Roque Santeiro (José Wilker) resolve retornar a Asa Branca, para desespero de políticos e religiosos. Então, são feitas reuniões com o propósito de frear a notícia de que Roque não é santo e nunca morreu em prol da cidade. Enquanto isso, todos tentam ludibriar o rapaz, para que ele permaneça escondido de toda a população e persevere a história do milagreiro. 

Fonte: Programa Atualize

Mas quem vê sua vida revirada é Mocinha (Lucinha Lins), a verdadeira noiva de Roque, que permaneceu anos casta, a espera de seu amado. Ela é filha do prefeito Florindo (Ary Fontoura), e da católica fervorosa, Pombinha (Eloísa Mafalda), que são contra Roque assumir sua verdadeira identidade e acabar com os turistas da cidade.

Fonte: UOL

Mocinha então se vê encantada novamente por Roque, o que causa o desespero no professor Astromar (Rui Resende), seu eterno apaixonado. Ele é culto, sempre com o dom das palavras, mas esconde um grande mistério - nem tão grande assim, porque a cidade inteira suspeita -, se tornando um lobisomem em noites de lua cheia. 

Fonte: Memória Globo

A saga de Roque na tela do cinema.

A história do santo causava tanta balbúrdia que virou assunto da sétima arte. Um grupo de atores, produtores e diretores desembarcou na cidade com o intuito de contar a saga de Roque Santeiro. E tal feito causou um rebuliço na pequena Asa Branca, com tantas "caras novas". Destaque no grupo para o ator Roberto Mathias (Fábio Jr.) que daria vida ao protagonista da história. 

Fonte: IG

O bonitão acaba se envolvendo com várias mulheres da trama, dentre elas, a viúva Porcina. Ele é "casado" com Marilda Mathias (Elizângela), porém, depois de tantos "chifres", a mulher acaba se envolvendo com o temeroso Sinhozinho Malta. Com isso, ela engravida e não sabe mais se o pai é seu marido ou o fazendeiro de Asa Branca. 

Fonte: UOL

Outra que se destacou no comboio foi Linda Bastos (Patrícia Pillar), que daria vida à viúva Porcina. Ela sofria constantemente com os ciúmes do marido, Tito (Luiz Armando Queiróz), que não aceita bem o fato dela fazer cinema. 

Fonte: Memória Globo

O milagre de Lulu. 

Lulu (Cássia Kiss) é a tal menina que vivenciou o primeiro milagre de Roque Santeiro. Em decorrência disso, todos achavam que ela deveria se dedicar ao convento, sendo aquele um sinal divino.

Fonte: UOL

Porém, ela deu novo rumo à sua vida, se casando com Zé das Medalhas (Armando Bógus), que vive reprimindo sua esposa, tornando-a uma prisioneira, mesmo que apenas de desejos. Juntos eles têm dois filhos. Com o tempo,  Lulu se rebela e sai pela cidade se envolvendo com vários homens, como com o ator Roberto Mathias. 

Fonte: Memória Globo

A disputa religiosa.

Dentro da Igreja de Asa Branca acontece uma das maiores rivalidades da cidade. Como uma forma de abordar uma temática da época, a divisão da Igreja Católica entre os tradicionalistas e adeptos da Teologia da Libertação, a novela trazia dois padres, cada qual com uma forma de pensamento. Padre Hipólito (Paulo Gracindo) era um padre tradicional, que apoiava a farsa a respeito do falso santo, com o intuito de não perder fiéis. 

Fonte: Memória Globo

Do outro lado, estava padre Albano (Cláudio Cavalcanti), que apoia a verdade e é contra o regime de padre Hipólito; além de ser tido como "padre comunista" pelos tradicionais da cidade. Ele acaba se envolvendo com Tânia (Lídia Brondi), filha rebelde de Sinhozinho Malta. Mas com o tempo, eles vão se perdendo, ela fica com Roberto Mathias, mas também termina com ele. Ao final da trama, padre Albano termina sozinho justificando para Tânia seus motivos: "Sem a Igreja, sou como um soldado sem Exército". 

Fonte: Memória Globo

Sexus.

Grande amiga de Sinhozinho Malta, Matilde (Yoná Magalhães), chega na cidade para causar a discórdia da população religiosa feminina. Ela abre um centro noturno de lazer para os homens de Asa Branca, causando um novo rebuliço na pacata cidade. Na companhia de suas fieis escudeiras, Ninon (Cláudia Raia) e Rosaly (Ísis de Oliveira), ela abre a boate, mesmo que seja contra os preceitos de padre Hipólito e suas beatas. 

Fonte: Memória Globo

Outro momento na vida de Matilde é o retorno de seu marido, o mau caráter Ronaldo César (Othon Bastos). Ele volta para explorar a mulher e se aproveita da situação da inocente Lulu, para se envolver com ela.

Fonte: Yoná Diva da TV

Final digno de Oscar®

O final de Porcina, Roque e Sinhozinho Malta foi inspirado no final do filme Casablanca. Roque embarca em um avião para sair da cidade e preservar a história do falso santo, e ele convida Porcina para ir com ele. Enquanto isso, Sinhozinho fica em solo esperando a decisão da amada. Essa dúvida gerou tanto alvoroço que o último capítulo teve picos de 100 pontos de audiência. Diferente do filme, na novela, a viúva fica em terra firme com Sinhozinho, seu eterno amado e deixa Roque ir embora sozinho.



Fonte: Memória Globo

Curiosidades: Foi a estreia de Dias Gomes no horário das 20 horas, ele sempre escreveu novelas para serem exibidas às 22 horas. Regina Duarte encarava um papel totalmente diferente dos que ela já tinha vivido anteriormente e que tinham consagrado ela como "namoradinha do Brasil". Aguinaldo Silva foi chamado para substituir Dias Gomes no capítulo 41, que voltou a retomar a novela apenas no capítulo 163, pois gostaria de escrever seu final. Por falar em final, foram gravados os dois finais, em que Porcina ia embora com Roque e que ficava com Sinhozinho - o final transmitido. Mas como havia na emissora a ideia de se fazer uma série a respeito da novela, o final teria de ser ao lado de Sinhozinho, alegou José Wilker em entrevista à TV Globo. A novela teve uma primeira versão censurada, em 1975, onde os personagens principais ficavam a cargo de Betty Faria e Lima Duarte; Betty acabou sendo cortada da segundo versão, cujo papel foi cotado para Sônia Braga, Vera Fisher, entre outras, mas acabou com Regina. A atriz Elizângela, que viveria Tânia na primeira versão foi pedir pessoalmente ao diretor para ter um papel na novela, e conseguiu como a esposa de Roberto Mathias. Por conta da censura, a emissora teve de providenciar tudo em cima da hora. O veto ocorreu durante a exibição do Jornal Nacional, no dia da estreia da novela. Foi criada então uma versão compacta de Selva de Pedra, enquanto Janete Clair escrevia uma novela às pressas: Pecado Capital, que deveria conter os mesmos envolvidos no projeto de Roque Santeiro

Fonte: Memória Globo, Teledramaturgia

Trilha Sonora: Uma das melhores trilhas já lançadas, contava com grandes sucessos da MPB e é considerada uma das maiores vendagens em trilhas de novelas. Como já citou o próprio Lima Duarte, não teve uma canção do primeiro disco que não foi sucesso. É até difícil selecionar as representantes desse disco genial, mas elegi duas para ilustrar a trilha. "Dona" foi tema da temperamental Porcina e até hoje é lembrada como a tal; "De Volta pro Aconchego" ilustra outra fase importante da trama, o retorno de Roque, que não era santo, nem nada. Mas vale a pena conferir toda a trilha. 

  1. "Isso Aqui Tá Bom Demais" - Dominguinhos (part. esp. Chico Buarque) (tema de Sinhozinho Malta)
  2. "A Outra" - Simone (tema de Lulu)
  3. "Sem Pecado e Sem Juízo" - Baby Consuelo (tema de Linda e Gerson)
  4. "Chora Coração" - Wando (tema de Mocinha)
  5. "Mistérios da Meia-noite" - Zé Ramalho (tema do Lobisomem/professor Astromar)
  6. "Santa Fé" - Moraes Moreira (tema de Abertura)
  7. "Dona" - Roupa Nova (tema de Porcina)
  8. "De Volta Pro Aconchego" - Elba Ramalho (tema de Roque)
  9. "Indecente" - Anne Duá (tema de Matilde)
  10. "Coração Aprendiz" - Fafá de Belém (tema de Tânia)
  11. "Roque Santeiro" - Sá & Guarabira (tema de locação:Asa Branca)
  12. "Cópias Mal Feitas" - Alceu Valença (tema de Zé das Medalhas)
O segundo disco não fez tanto sucesso assim, mas teve uma repercussão razoável. Eu escolhi para representar a canção "Vitoriosa", porque eu acho engraçada representa a personagem Lulú, tão relevante na trama secundária. 


  1. "Malandro Sou Eu" - Beth Carvalho (tema de Roque)
  2. "Coisas do Coração" - Ritchie (tema de Tânia)
  3. "Pelo Sim, Pelo Não" - Cláudio Nucci e Zé Renato (tema de Sinhozinho Malta)
  4. "Vitoriosa" - Ivan Lins (tema de Lulu)
  5. "Fruta Mulher" - Nana Caymmi (tema de Matilde)
  6. "Verdades e Mentiras" - Sá & Guarabira (tema de locação:Asa Branca)
  7. "Mil e Uma Noites de Amor" - Pepeu Gomes (tema de Linda e Gerson)
  8. "A Hora e a Vez" - Cláudio Nucci e Zé Renato (tema de Porcina)
  9. "Mal Nenhum" - Joanna (tema de Ninon e Delegado Feijó)
  10. "Entra e Sai de Amor" - Altay Veloso (tema de Tânia e Padre Albano)
  11. "Amparito Amor" - Cauby Peixoto (tema de Amparito)
  12. "Mal de Raiz" - MPB4 (tema de Mocinha)
Fonte: Wikipédia, Grooveshark

Retrospectiva 2013: Novelas das seis (Rede Globo)


Pois é, a emissora da família Marinho merece uma capítulo à parte na nossa retrospectiva e dividimos ela em quatro posts. Hoje falaremos sobre as novelas do horário das 18 h, que talvez tenha sido o de mudanças mais drásticas de uma trama para sua sucessora. O ano começou com os últimos meses da premiada Lado a Lado. A trama de estreia de Cláudia Lage e João Ximenes Braga, conseguiu desbancar a arrebatadora Avenida Brasil na premiação do Emmy Award e trazer para o Brasil a estatueta de melhor novela da TV mundial.
Mas passemos para sua sucessora que ficou mais tempo no ar durante esse ano. Exibida de março a setembro, Flor do Caribe, novela de Walther Negrão, trazia elementos clichês do autor, mas vinha com um estilo totalmente oposto à trama antecessora. Era uma novela clara, com cenas amenas e diálogos mais leves. Ao passo que Lado a Lado era uma novela mais escura, como geralmente pede as tramas sérias de época.


A novela teve seus pontos de críticas, como a diferença de idade entre Sérgio Mamberti e Juca de Oliveira, que não fazia jus à realidade e isso transparecia na trama. A história do nazismo também não vingou muito, acabou sendo ofuscada pelo amor de Cassiano (Henri Castelli) e Ester (Grazi Massafera), que sempre tinha de vencer as barreiras impostas pelo vilão Alberto (Igor Rickli). Por falar em vilão, Igor foi uma das grandes revelações do ano, assim como Cláudia Netto, que viveu sua mãe. Os dois tiveram cenas excelentes e conseguiram transmitir realidade na história da mãe que se vê obrigada a deixar o filho aos cuidados do avô manipulador e, em seu retorno, não consegue mais o amor do rapaz. Flor do Caribe parecia resgatar uma outra obra do autor, a também praieira Tropicaliente (1994). Ambas se passavam no nordeste, mas a transmitida nesse ano tinha como enfoque a força aérea e uma trama principal que buscava auxílio em O Conde de Monte Cristo. Além da história principal, a novela não tinha histórias inovadoras em seus personagens secundários, mas apenas romances típicos de ficção, o que não a tornou menos apreciada ou qualificada. A parceria entre Negrão e Jayme Monjardim não só deu certo como trouxe uma sofisticação e uma delicadeza maior à novela, que conseguiu ir além das cenas de ação e aventura, típicas do autor, fisgando o público por cenas mais emotivas.


Em setembro, voltava a ocorrer aquele choque de tramas totalmente díspares, com a estreia de Joia Rara. A novela da dupla de sucesso, Thelma Guedes e Duca Rachid, está no ar e ao que tudo indica não vingou. Com cenas, novamente, escuras, cenários em tons mais sombrios, a novela parece “pesada” para o horário das seis. A história em si é outro grande problema da novela, que não traz grandes inovações, nem mesmo na trama principal, que parece, simplesmente, não acontecer. O foco está e sempre esteve no vilão recalcado Manfred (Carmo Dalla Vechia), sendo que os personagens principais vivem à mercê do próprio antagonista para fazerem acontecer na trama. Talvez a grande expectativa tenha sido o pecado da Globo, que acredita que sairia das autores outra inovação como Cordel Encantado (2011), considerada um dos maiores sucessos atuais da emissora. Eles tentaram remeter à antiga novela, mas não deu muito certo e as histórias de amores proibidos parece não ter satisfeito o público. 
Em suma, foi um ano mediano para o horário. Lado a Lado encerrou bem com a estatueta, porém marcou um dos piores índices de audiência. Flor do Caribe não agradou muito em se tratando de números, mas acabou passando batido, sem ser muito criticada. Joia Rara está a um passo de terminar como o maior fracasso do horário, mesmo que apresente uma qualidade impecável em trilha, cenário, figurino, etc. A Globo busca mudanças e continua alegando que o problema da atual novela está no vilão da emissora carioca, o “horário de verão”. Eles atrasaram toda a programação em meia hora para tentar segurar o povo em casa, e de nada funcionou. Há quem diga que já está em fase de produção a sucessora Meu Pedacinho de Chão, escrita por Benedito Ruy Barbosa. Não que Joia Rara esteja acabando, mas é que Benedito disse que não quer passar pelo mesmo drama de Esperança, onde acabou “perdendo” toda sua novela para Walcyr Carrasco. Se nada der certo em Joia Rara, eles adiantam a novela do Benedito, quem sabe da certo?! Quanto ao Benedito, veja o lado bom, ao menos o Walcyr não enfiou nenhum chiqueiro ou guerra de tortas na sua novela. Rs.

Retrospectiva 2013: Novelas da Record


Se o SBT colheu os louros do ano anterior com Carrossel, a Record teve de colher os resquícios da fracassada Máscaras (2012). Desde que encerrou a novela de Lauro César Muniz, nenhuma outra conseguiu ultrapassar a casa dos dois dígitos na audiência. E olha que a emissora não poupou esforços para isso, tanto que adiantou a estreia de Carlos Lombardi, ex-global, dentro da grade. Mas nem com "reza braba" as novelas da emissora do bispo engrenaram. Mas nem só de novela viveu a teledramaturgia da Rede Recalque Record, que também trouxe um seriado em episódios semanais narrando - como já de costuma - uma história bíblica, José do Egito.


Graças ao público cativo, cuja programação não lhes dá muitas opções, o seriado conseguiu ser levado adiante de janeiro a outubro desse ano, com uma audiência mediana/razoável. E os produtores não pouparam esforços, gastando cerca de 7 milhões de reais só na construção de cenários; e assim foi em todo o seriado, desde figurino até um elenco bem utilizado. Resumindo, foi uma boa proposta, com uma certa qualidade, mas que não teve seus méritos, talvez, pelo histórico da emissora.


Quanto às novelas, vamos relembrar o que rolou na Record nesse ano. A estreia de Dona Xepa se deu em maio, como uma das apostas do canal. Resultado? Durou quatro meses, apenas! A história era batida, já tinha aparecido na TV duas vezes e sido adaptada para o cinema. Os autores tentaram apelar para novas tecnologias e uma linguagem mais contemporizada, para trazer o público pra frente da telinha, mas não teve muito êxito. A ideia de um viral de Dona Xepa na internet, baseada no sucesso de Cheias de Charme (2012), da Rede Globo, não deu muito resultado e acabou passado desapercebido na teledramaturgia.  Destaque na trama para o retorno de Ângela Leal a um papel significativo na TV; a atriz que está no ar na reprise de Água Viva (1980) teve grandes papeis na carreira, mas andava afastada da telinha há tempos, e acabou fisgando o papel, pelo qual muito se discutia, sendo a maioria das chances de ser feito por Jussara Freire, mas que acabou perdendo para Ângela.


Mas no dia 25 de setembro, começava enfim, a grande aposta da emissora, o mais novo contratado, Carlos Lombardi e seu Pecado Mortal. O autor que foi responsável por grandes sucessos da Rede Globo, como Quatro por Quatro (1994) e Uga Uga (2000), vinha fazer sua estreia na Record, com uma novela que se passava nos anos 70. Eu, infelizmente, não acompanho a saga para saber exatamente como é, mas pelo pouco que vi, ela tem fortes elementos típicos do autor, como homens descamisados, piadinhas egocêntricas, sarcasmo e muita ação. E segundo a crítica, é um primor que merece mais observação na TV, e que só não tem a repercussão merecida, porque se passa na Record. Sabemos que a Globo impera no ramo teledramatúrgico, mesmo que a novela apresentada não seja lá grandes coisas - haja vista Amor à Vida, que apresenta ótima audiência e qualidade questionável -, mas lembremos também que a última novela de Lombardi na Globo, Pé na Jaca (2006), não agradou tanto assim. Bom, nunca saberemos se, caso a novela se passasse na Globo, a novela seria esse sucesso estrondoso, como muitos garantem, mas para a Record, ela foi uma das maiores frustrações #apenas. 
Em suma, o ano na Rede Record foi péssimo, desde que a emissora resolveu "tentar" fazer frente aos padrões Globo de "qualidade". As novelas não conseguiram engrenar, nem mesmo com o apoio de um dos carro-chefes da emissora, o reality A Fazenda. Falta divulgação? Falta público? Falta qualidade? São respostas que nunca saberemos, ou que eu poderia discorrer aqui sobre, mas que seria apenas a minha opinião, nunca uma certeza absoluta. A Record teve nos últimos tempos muitos trabalhos bons, como Poder Paralelo, Chamas da Vida ou Cidadão Brasileiro, que assim como alegam os críticos e assim como Pecado Mortal, não tiveram ápices de audiência, mas tiveram uma qualidade inquestionável.Logo, esperamos que em 2014 a emissora traga algumas novas obras boas, que nos faça querer mudar de canal por vontade e não por falta de opção. A emissora já vem trabalha na substituta de Poder Paralelo, que se chamará, até então, Vitória, e terá a autoria de Cristianne Fridmann. Entre mortos e feridos, na Record 2013, salvaram-se todos... 

Retrospectiva 2013: Novelas do SBT


Hoje começamos nossos trabalhos das retrospectivas. Pra começar, vamos partir da emissora do tio Sílvio que finalizou um dos maiores sucessos atuais do canal: Carrossel.


Poucos acreditavam, mas a novela que prometia reunir a família em frente à TV, chegou ao fim. Eu digo "poucos", porque geralmente o SBT sofre do mal que a Globo enfrentou com Amor à Vida, prolongar algo que deu certo - nem que seja apenas no quesito audiência. E mais do que prolongar, os chefinhos da emissora que tem sede no Anhanguera, geralmente esticam até saturarem o público e cortar de uma hora pra outra #CoisasDoSBT. Com 310 capítulos, a novela escrita por Íris Abravanel baseada no remake mexicano, conseguiu agradar a gregos e troianos e segurar uma audiência sempre acima dos 10 pontos, algo inusitado para a teledramaturgia atual fora da Rede Globo. Muitos justificam tal feito graças à falta de programação infantil na TV aberta, não só na faixa da noite, como até mesmo os infantil matutinos, que perderam força. A Globo, detentora da maior audiência do país simplesmente aboliu as crianças de sua grande quando estreou mais um programa feminino no horário que era ocupado pela então TV Globinho. Os outros canais aproveitaram da situação e começaram a usar de mecanismos de ataque, como clássicos teens da Disney que eram (ou são, porque eu não assisto há tempos) transmitidos na Band ou mesmo clássicos infantis transmitidos pelo próprio SBT. Talvez a ideia do Carrossel não tenha surgido como uma forma de trazer esse público infantil carente para a TV, mas apenas uma ideia de criar uma novela que foi sucesso anos atrás na emissora. Não havia tanta expectativa diante de tal façanha, quando os números apareceram, todos se surpreenderam. Reynaldo Boury, diretor da trama alegou esse pensamento quando citou a expectativa a respeito da estreia de Chiquititas, também dirigida por ele. 

Agora a expectativa é o contrário [de Carrossel]. A gente espera que seja uma excelente audiência e pode ser que não seja. É um tiro no escuro que nós vamos dar em repetir um tema, o tema das crianças.

Pois é, Carrossel marcou seu lugar na TV brasileira e é considerado um dos maiores sucessos atuais do SBT; já sua sucessora Chiquititas, não pode dizer o mesmo. De mesma autoria e direção, a novela não agradou tanto quanto a antecessora, e o motivo? Não sabemos! Ela é feita com o mesmo cuidado, com cenários que fogem do padrão SBTosco de qualidade, grandes, claros, cheios de cores e uma abertura en-can-ta-do-ra.


Talvez o elenco não tenha agradado tanto quando de Carrossel, que mostrava crianças seguras em suas interpretações, diferente dos pré-adolescentes da atual novela da emissora. Não é considerada nem de longe um fiasco pra emissora, que traz em sua história grandes fracassos novelísticos - haja vista que teledramaturgia nunca foi o carro-chefe do SBT, que sempre teve foco em programas de auditórios. Mas talvez tenha sido depositada muita esperança, diferente de Carrossel, em cima da novela, que fez a emissora paulista cobrir-se de louros no passado. Apesar de um repercussão menor que a sua antecessora ou mesmo que sua versão original de 1997, Chiquititas vem atingindo, segundo jornalistas, os mesmos números da versão brasileira dos anos 90. #SBTBrilhou
Não podíamos falar de SBT, sem citar os grandes sucessos mexicanos que voltaram para a emissora neste ano. Detendo novamente os direitos sobre os produtos da Televisa no Brasil, o canal não poupou esforços em causar uma overdose nos telespectadores mais fervorosos por produtos estrangeiros. Marimar, Maria do Bairro e Rebelde são grandes clássicos mexicanos que marcaram seu retorno à TV nesse ano e, porque não dizer, fizeram a alegria de todos. Mas nem só de reprise viveu o canal, que apresentou duas novelas inéditas: Cuidado com o Anjo e Por Ela Sou Eva, uma novela recente no México. A primeira trama agradou tanto que conseguiu atingir os trending topics do Twitter, já a segunda ainda sem encontra em "fase de aceitação" (eu nunca assisti, logo não opinarei).


Em suma, o ano foi relativamente bom para o SBT, que terminou de colher suas glórias de 2012 com Carrossel, e iniciou uma nova fase - quase tão boa quanto a antecessora - com Chiquititas. A autora, esposa do homem do baú, ganhou grandes elogios da crítica com relação à evolução de sua escrita e a emissora, de forma geral, também foi muito elogiada por criar cenários lúdicos, cheios de vida para retratar os universos infantis e infanto-juvenis. Sabemos que Chiquititas povoará nossas mentes e estará sempre presente na hora em que formos zapear os canais, até 2015, logo não criaremos grandes expectativas para o canal nesse novo ano que se inicia. Mas nós, eternos órfãos desse clássico da TV, esperamos que ela venha trazer mais sucessos ainda pra emissora e que consiga transmitir tudo que a versão original conseguiu deixar marcado em nossos corações. ♥ 

Amor à vida, ódio à novela!



Amor à Vida até que consegue segurar no quesito audiência, porém a novela vem recendo críticas pesadas e frequentes nas redes sociais. O aumento de capítulos da novela de Walcyr Carrasco foi de êxito do autor ao ponto catastrófico da trama. Ele talvez tenha se perdido em meio a tantos capítulos, e o que a Rede Globo fez foi resultado de um medo constante dentro da emissora: a audiência oscilante das novelas das oito. Nenhum foi ou será tão boa quanto Avenida Brasil (2012), no que se refere à audiência nos dias de hoje; a novela conseguiu literalmente parar o país e trouxe uma linguagem própria, que só cabia à ela mesma. O que o telespectador não entende é que o tempo de Avenida Brasil se foi, e o que lhes resta é no máximo esperar a próxima novela de João Emanuel Carneiro, na expectativa de vir algo similar. 
Mais do que ter que lidar com os órfãos de Carminha e Nina, outro grande baque da atual trama das nove foi seu declínio no que diz respeito ao folhetim. Começou com cara de novelão, tá terminando com cara de “made in México”; nós amamos novelas mexicanas, mas quando são feitas lá, quando sabemos do nível do produto que estamos assistindo. Somos mal acostumados, porque as novelas brasileiras têm outro parâmetro, tem outros objetivos e outra estética. Mas Walcyr não ligou muito ao colocar no ar cenas pastelão, dignas de folhetim da Televisa. 
Quanto aos erros técnicos, não vou julgar, afinal, vemos erros até em sequências norte-americanas (as cenas de Chroma Key de Amor à Vida foram altamente criticadas, mas a série Revenge, um dos maiores sucessos da TV mundial, acabou levando o título de um dos piores Chromas da teledramaturgia, e mesmo assim, ninguém a detonou). Não acho que isso seja o grande vilão da história, mas talvez tenha pesado e contribuído para a novela levar bombardeios dos “críticos”. 

Agora uma coisa que não dá pra salvar ou falar que Walcyr apenas se equivocou é no que tange ao rumo que ele deu aos seus personagens. Temos personagens que oscilaram de um pai amoroso para um homem ríspido que prefere acreditar numa amante do que na filha; temos de grande amiga de infância para pior caráter da trama; temos um vilão que joga bebês na caçamba, mas sua personalidade muda como quem muda de cueca e ele simplesmente acaba cuidando da neta de sua ex-babá. A pergunta é: Alguém entende esse povo? Não! Acho que nem Walcyr. A regeneração de Félix (Mateus Solano) merece um post à parte, mas quanto ao resto, faço questão de discorrer sobre tal assunto. Amarilys (Danielle Winits) simplesmente SUR-TOU na novela, ela não só fez a pilantragem com Niko (Thiago Fragoso), que ela alegava ser amigo, como ela simplesmente saiu fugida para ficar com o bebê #aloka. E a gente perdeu o fio da meada, afinal de onde mesmo ela veio a se tornar esse ser psicótico? Outro personagem que assumiu outra personalidade foi César (Antônio Fagundes); ele passou a novela inteira paparicando a Paloma (Paolla Oliveira), que fez altas balbúrdias pelo mundo afora, mesmo assim ele aceitava as peripécias da filha e a perdoava. Simplesmente, numa bela noite, que Paloma apenas tenta lhe abrir os olhos (quando ele ainda podia), ele sai atirando pedras na moça – ASSIM, DO NADA! Acho que essa expressão define bem essa novela, afinal tudo lá acontece ASSIM, DO NADA! Esses dois são apenas alguns exemplos dos personagens com desvio de caráter que povoam a trama, porque sinceramente, eu podia passar o dia aqui escrevendo para vocês sobre a “personalidade” de cada um. Aliás, quando eles tiverem personalidade né, porque Ninho (Juliano Cazarré) é um bom exemplo de que nem sessão de terapia daria jeito nele. O mal deve vir do berço, só pode! 

A verdade é que Amor à Vida vai chegando perto do fim como uma das maiores frustrações atuais. De Salve Jorge já não esperávamos muito, pois sabíamos que Glorinha (Perez) queria apenas voar, como ela mesma disse. Ou seja, embarcávamos naquela viagem para a Capadócia com Morena e seus cabelos versáteis. Já na atual trama das nove, Walcyr prometia algo verossímil – apesar de tratar de assuntos como vida após a morte -, mas acabou mergulhando num universo de personagens perturbados que só sabem fazer caras e bocas, e mudar de comportamento conforme o clima do dia. Por essas e outras daqui até o fim da novela usarei a hashtag #PorraWalcyr como uma forma de protesto por ele ter acabado todas as possibilidades de criar uma novela inesquecível. Acho que ele mesmo já percebeu seus pecados e alegou que quer voltar a escrever para o horário das 18 horas; vai ver que é porque lá tudo parece ser mais bem aceito – E MENOS CRITICADO. 
Veja uma foto do elenco assistindo a própria novela e reflita! 



As aberturas de verão.


"Já pintou verão, calor no coração, a festa vai começar..." Pois é, hoje às 15:11 horas começa o verão, a estação mais adorada por nós brasileiros. Muito sol, praia, farofada e pessoas se achando gostosa. Afinal, o que há de tão surpreendente no verão brasileiro? Nunca saberemos, mas que gostamos, gostamos! E com um post especial, relembraremos aberturas de novela que de alguma forma retrataram os verões passados. As aberturas estão em ordem alfabética, para o analfas de plantão: 

Água Viva (1980)

Atualmente no ar, como um dos maiores sucessos do Canal Viva, a novela escrita por Gilberto Braga, em parceria com Manoel Carlos foi um furor no início dos anos 80. A novela focava num verão carioca e em seus personagens tão humanizados, tão verossímeis. Quanto à abertura? Ela mostrava praticantes de windsurf, que começava a ser a tendência da época. Tudo isso ao som de "Menino do Rio", de Caetano Veloso na voz de Baby do Brasil. Quer coisa mais significativa para o verão do que essa abertura? 



Araguaia (2010)

Nem só de Rio de Janeiro vive o verão no Brésil ♥. Retratando o interior do país, a novela de Walther Negrão mostrava na abertura como era a alta estação em pleno coração brasileiro, às beiras do rio Araguaia. Com cenas esplendorosas desse cotidiano, a abertura era embalada pela calma canção "Companheiro". 



Cara & Coroa (1995)

Escrita por Antônio Calmon, a novela mostrava uma sósia que assumia o lugar da mulher original. O que isso tem a ver com o verão? Nada, necessariamente, mas a abertura era um deleite para os telespectadores mais encalorados. A atriz Suzana Werner nadava num límpido oceano em meio a espelhos (sempre adorando a originalidade dos anos 90 ♥).



Como uma Onda (2005)

Uma viagem num cruzeiro, um verão em Florianópolis. Mais uma vez, fugindo da linha "verão carioca", a novela focava num dos melhores points do litoral sulista. Com personagens que giravam em torno de mergulho e pescaria, a novela tinha grande enfoque no verão. Escrita por Walther Negrão, a abertura mostrava um tubo de onda, com cenas praieiras, ao som do "zen surfismo" de "Como uma Onda" de Lulu Santos



Corpo Dourado (1998)

Uma das aberturas que mais retrata o verão, com certeza é a da novela de Antônio Calmon. A novela era anunciada no Vale a Pena Ver de Novo como "Você vai reviver um verão inesquecível". Se desenvolve toda em uma cidade praiana fictícia, onde acontecem grandes histórias de amor. A abertura contava com cenas de pôr do sol, mulheres de biquíni, entre frutas e flores típicas da estação. Tudo isso ao som da versão tupiniquim de "I'm not in love" com tradução de "Somente o Sol", na voz de Deborah Blando. #inesquecível 



Flor do Caribe (2013)

Exibida esse ano pela Rede Globo, a novela de Walther Negrão se passava no Rio Grande do Norte e no Caribe. Outra grande referência à essa estação, que trazia uma abertura mais calma, com cenas que mesclava o Brasil e a América Central, ao som de Maria Gadú e 5 a Seco



Gabriela (2012)

Com desenhos feito em pó multicor, representando a areia e gotas caindo sobre os desenhos que mostravam cenas do cotidiano de Ilhéus, na Bahia, a abertura conseguiu retratar bem todo o calor da protagonista. Com canção homônima na voz de Gal Costa, a abertura faz referências à da primeira versão, mas com um toque da tecnologia atual. 



Prova de Amor (2005)

Uma das primeiras novelas da Rede Record a ameaçar a Globo, contava histórias mescladas, mas sem grandes referências ao verão. Porém sua abertura trazia esse frescor com cenas do verão carioca ao som de "O Barquinho", grande sucesso da bossa nova. A novela foi escrita por Tiago Santiago, autor de Os Mutantes e Amor e Revolução, no SBT. 


Sol de Verão (1982)

Sucesso de Manoel Carlos, a novela não tinha uma Helena como protagonista, mas mostrava uma mulher de fibra que lutava por seus sonhos, mesmo que fosse contra tudo e todos. A trama focava também no verão da cidade maravilhosa e tinha na abertura cenas de pessoas suadas, roupas de banho e sorvetes, ao som de "Tô que tô" na voz de Simone - sim, ela existe para além de "Então é natal". 



Te contei? (1978)

Sucesso de Cassiano Gabus Mendes, a novela mostrava a vida da cleptomaníaca Sabrina (Wanda Stefânia), moça de família rica. A abertura contava com cenas de amigos em pleno verão carioca ao som da canção "Te contei?" 



Tieta (1989)

"Vem amor, vem com calor". Assim começava a música da caliente versão de Aguinaldo Silva para o livro de Jorge Amado. Não existe mais coisa com cara de verão brasileiro que os contos baianos, logo a trama focou em cenas de dunas e praias para mostrar o amor proibido de tia e sobrinho. Na versão do cinema, a canção tema era "A Luz de Tieta" de Caetano, na versão televisiva, ficou a cargo de Luiz Caldas e sua "Tieta". 



Três Irmãs (2008)

Surf, praia, e novamente uma cidade fictícia fizeram parte do universo criado por Antônio Calmon. A novela em si, nem engrenou muito, mas o verão foi muito bem retratado numa versão que fazia jus ao tema do surfismo. Pranchas serviam para refletir o rosto das três irmãs da história, embalados pela versão de Mart'nália para "Don't worry, be happy", um clássico relax internacional. 



Tropicaliente (1994)

Outra novela de Walther Negrão que tinha como foco principal o verão nordestino. Desenvolvida no Ceará, a trama tinha uma história baseada na vida dos pescadores da região. Para entrar no clima, a música de abertura era o "Coração da Gente", na voz de Elba Ramalho, enquanto era mostradas cenas típicas da estação mescladas com frutas cítricas. #irreverente.



Vende-se um Véu de Noiva (2009)

Novela escrita por Íris Abravanel, a esposa do tio Sílvio, que foi baseada em uma radionovela de Janete Clair. A história em si num tinha enfoque no verão, mas sua abertura era um convite para ir à praia e se jogar no mar. Mostrava uma noiva que nadava até uma ilha em busca de um véu. Até a música de Flávio Venturini tinha esse ar praieiro com os dizeres "O amor deixa pegadas na praia da vida".


Vereda Tropical (1984)

Escrita por Carlos Lombardi, a novela mostrava na abertura uma típica noite de verão, com drinks, frutas e uma viagem de cruzeiro. A canção de abertura era latina com o nome da novela e cantada por Ney Matogrosso.




Mini-Flashback: Chamas da Vida


Primeiro novela de outra emissora no nosso mini-flashback lindo. Chamas da Vida foi exibida pela Rede Record de julho de 2008 a abril de 2009, sendo escrita por Cristianne Fridmann, com direção de Edgar Miranda. A abertura contava com cenas de casais se beijando em meio a labaredas, e a música era um clássico de Wando, na voz de Fábio Jr., "Fogo e Paixão". Confira a abertura e relembre esse sucesso do canal do bispo... 



Os opostos que se atraíram e causaram a discórdia. 

Pedro (Leonardo Brício) é um bombeiro que mora em Tinguá, próximo a Uhu Nova Iguaçú. Após a morte de seus pais, ele se sente responsável pelos irmãos. 


Tudo seria lindo se fossem somente os dois mais novos, mas seu maior problema é com Antônio (Dado Dolabella), o irmão do meio. Ele se envolve com gangues e acaba causando a revolta em Pedro. 


Do outro lado da cidade, vive Carolina (Juliana Silveira), filha do dono de uma grande empresa e gerente da sua própria produtora de vídeo.


É namorada de Tomás (Bruno Ferrari), com quem pretende se casar, mas o que ela nem imagina é que ele está com ela apenas interessado na fortuna da moça. 



Tomás, acaba sendo influenciado pelos interesses da mãe, a ardilosa Vilma (Lucinha Lins). Ela quer o poder da GG, fábrica dos pais de Carolina, pelo simples fato de que no passado seu marido era responsável por metade da empresa, graças à uma denúncia, ele foi afastado por suspeita de roubo, e Vilma nunca aceitou isso. 


Durante uma festa de confraternização da empresa, acaba acontecendo um incêndio gerado por um incendiário misterioso - que falaremos depois -, onde Carolina acaba conhecendo Pedro. Na realidade, eles eram amigos de infância, mas se afastaram com o tempo. Quando se vêem, acabam se apaixonando à primeira vista, o que causa certo receio em Tomás. Outro problema é que Pedro é namorado da intempestiva Ivonete (Amanda Lee), irmã de seu melhor amigo, Wallace. Este inclusive acaba morrendo para salvar o amigo e Carolina, pois Pedro teria de escolher, durante o incêndio quem deveria salvar; Wallace lhe pede para salvar a si mesmo e a outra moça. Ivonete se aproveita da situação para controlar Pedro e para sentir mais ódio de Carolina. 


Prevendo o pior, Ivonete se alia a Tomás, mas este acaba por se apaixonar por ela. Enquanto isso, Vilma planeja contra Walter (Antônio Grassi), pai de Carolina, para que as suspeitas do incêndio recaiam sobre ele. 


Mas as armações de Vilma não influenciam apenas a vida de Walter, a vilã acaba prejudicando o mocinho Pedro, quando ela arma uma embriaguez no jovem, justamente no dia da audiência pela guarda dos irmãos mais novos, Vivi (Letícia Colin) e Rafael (João Vithor). Diante de tal situação, o juiz decide tirar a guarda dos menores de Pedro por alguns dias, até a audiência final. 


Pedro perde a guarda definitiva dos irmãos para a sua tia interesseira, Mercedes (Sandra Pêra). Ela estava mancomunada com Vilma e a ajudou da primeira vez; mas na segunda, o responsável mesmo foi seu advogado que conseguiu fazer com que ela ganhasse a guarda. Pedro entra em depressão com a perda dos irmãos, mas Mercedes acaba por devolvê-los, pois seu único interesse era em conseguir o dinheiro que havia combinado com Vilma. Quando esta é acusada de explodir um carro, Mercedes foge para o interior com as "mãos abanando"


Porém, entre idas e vindas, Pedro e Carolina conseguem vencer todas as barreiras e serem felizes no final da história. 

A Gangue do ferro-velho. 

Um dos integrantes da temida gangue que tinha seu habitat num ferro-velho, era Antônio, o irmão de Pedro. Porém, o cara acabou sendo expulso, juntamente com sua "peguete" Beatriz (Andréa Horta). 


O maior problema da gangue era justamente essa disputa interna, já que Manu (Juliana Lohmann) não aceitava que Antônio a trocasse e acabou por se envolver com Marreta (Vitor Hugo), um  dos maiorais da gangue. 



Outro personagem chave na história da gangue é Gastão (Camilo Bevilacqua), de quem todos tentam roubar uma grana.


Porém, eles acabam ficando presos embaixo da terra, por onde pretendem passar para chegar até a tal fortuna. Eles acabam perdendo um dos companheiros, mas ainda assim eles conseguem escapar e pegar o dinheiro. 


Porém, Gastão é mais esperto e associa logo a ligação de Manu no caso. Entre sequestros e devoluções, Gastão devolve Manu a Marreta, mas acaba atirando nos dois, que saem desesperados no carro. Sem muita saída, eles param o carro e Marreta confessa seu verdadeiro amor por Manu, quando todos os capangas de Gastão atiram em mutirão no carro que se encontram os dois.


Outro que tem final trágico é o bad boy Antônio, que havia, de certa forma, se redimido de seus pecados. Ele fica enraivecido com a decisão do juiz a respeito da guarda de seus irmãos, e vai tirar satisfação com Vilma. Os dois acabam se engalfinhando e Vilma atira em Antônio, sem querer. Ele morre pedindo perdão aos irmãos Pedro e Vivi. 

A pensão da Vó Tuquinha e o inquilino pedófilo. 

O lugar mais agitado de Tinguá é a tal pensão da Vó Tuquinha (Íris Bruzzi), onde tudo parece acontecer.


Dentre seus inquilinos estão Ivonete, a namorada de Pedro;o comandante do corpo de bombeiros, Eurico (Raymundo de Souza) e seu filho, o também bombeiro, Júnior (Gabriel Gracindo), que é apaixonado por Ivonete, mas não investe por ser namorada de seu companheiro de trabalho. 


Além dos inquilinos comuns, na pensão residia o simpático Lipe (André Di Mauro). O que ninguém imaginava é que ele era um pedófilo, e que estava lá, pois havia conversado com Vivi na internet. Ele chega em Tinguá e se passar por um professor "boa praça". Sem suspeitar de nada, a irmã de Pedro, cai nas lábias de Lipe e ele a estupra, forçando a menina a não contar nada, senão algo aconteceria para ela e sua família. Com medo, Vivi passa a ter um comportamento estranho, o que faz com que todos estranhem. 


O fim do pedófilo é preso, mas antes disso, ele forja a própria morte, quando foge para o Maranhão e coloca o corpo de um homem morto no carro com seus pertences; liga para a polícia e diz que um carro está em chamas, porém ao longo da trama, a polícia descobre que ele não está morto e o usa para descobrir a ligação de Vilma com um policial mau caráter, alegando que irá inocentá-lo, o que não é verdade e Lipe acaba preso por anos. Além desse caso de pedofilia, a novela abordava um outro caso muito mais complexo. Raíssa (Ana Paula Tabalipa) foi estuprada na adolescência por um pedófilo e engravidou. Teve a criança, mas quem o criou foram seus pais, e ele a tem como uma irmã. 


O segredo é mantido por anos, até que Telma (Lisandra Parede) descobre tudo e começa a ameaçar Raíssa, pois acha que ela quer ficar com Júnior. Mantendo um amor doentio pelo bombeiro, Telma conta toda a verdade para Gabriel (Gabriel Moura), que acaba se revoltando com Raíssa e ficando preso num penhasco. Ele é socorrido por Júnior, mas continua odiando Raíssa por ter escondido toda a verdade dele. 


Quanto à Telma, que também pertencia à gangue do ferro-velho, tem um final trágico. Ela sequestra Júnior, que não queria nada com ela, e quando a polícia descobre o lugar do cativeiro, ela resolve fugir de carro com seu amado. Durante a perseguição, Júnior pede para que ela se entregue, mas ela diz que se nao para ficar com ele, os dois devem morrer juntos. Ela acelera o carro no penhasco, mas ele acaba caindo para fora do carro, enquanto ela morre na explosão. 


Soropositivo.

Um dos bombeiros, Guilherme (Roger Gobeth) se descobre soropositivo, mas resolve não procurar ajuda médica.


Ele rompe seu namoro com Michele (Luiza Curvo), por acreditar que fará mal à garota, mas ela não aceita e resolve voltar com ele. Isso causa a infelicidade na mãe de Michele, que acaba humilhando Guilherme em vários momentos da trama. 


Mesmo com todos os surtos da mãe de Michele, o casal consegue ser feliz e decide ter um filho, que seria por inseminação artificial. Porém, eles se frustram em várias tentativas e resolvem adotar um menino; algum tempo depois, ela acaba engravidando de gêmeos. 

O mistério do incendiário. 

Durante toda a trama, várias mortes foram causadas pelo misterioso incendiário. Vilma deixa umas placas de fênix no carro de Antônio, depois de uma conversa dos dois. As placas são roubadas e começam a aparecer nos lugares por onde o incendiário passou, como uma forma de assinatura. Isso faz com que todos pensem que foi Vilma que explodiu tantos locais e pessoas. Ele acaba marcando um encontro com Vilma e que aparece no lugar é Arlete (Jussara Freire), mãe de Carolina, que tenta obrigar a vilã a confessar seus crimes. 


Vilma foge e Arlete vai atrás, até que uma bomba explode em seu carro. Mas Carolina estava atrás do carro da mãe e fica enfurecida com Vilma, prometendo se vingar da megera. Os dois carros se batem, mas ambas são salvas pelos airbags, mesmo assim Carolina sai do carro e começa a estapear Vilma. Esta é presa quando a polícia chega e surpreende a todos na cena do crime. Após três meses de prisão, Vilma recebe um urso de pelúcia no presídio, que contém dentro um celular. Ela atende o telefone e ouve a voz de Léo (Rafael Queiroga), um dos membros da gangue do ferro-velho, que alega ser o misterioso incendiário. 


Ele assume sua identidade e diz que trabalhou nessa vingança junto com sua irmã, Darlene (Claudiana Cotrim), que trabalhava na casa da vilã. Vingança, pois eles estavam honrando a morte da mãe, de anos atrás, gerada por Vilma. O pai dos dois era o legista responsável pelo laudo da morte de marido de Vilma, que tentou suborná-lo para fraudar o laudo. Como ele não aceita, a vilã mata sua esposa com o intuito de fazer com ele mude de opinião. Ao fim do telefonema, Léo diz para Vilma que ela terá em breve sua tão sonhada liberdade. Dez segundos depois uma bomba explode na cela da vilã.


Curiosidades: A novela tinha final previso para março, mas como a audiência vinha agradando a emissora, seus capítulos se estenderam até final de abril. Encerrou com média de 14 pontos de audiência e foi considerada uma das tramas mais ousadas por abordar temas tão polêmicos, como AIDS, pedofilia e estupro. Com tantos temas pesados, a audiência só fez aumentar, fazendo com que em alguns momentos a novela atingisse o primeiro lugar. Lu Grimaldi era creditada na abertura, mas a atriz acabou sendo remanejada para a novela sucessora, Poder Paralelo (2009). No dia da estreia de Caminho das Índias (2009) da Rede Globo, Chamas da Vida e Os Mutantes tiveram seus horários alterados, assim como quando se deu a estreia de Poder Paralelo, antes do término de Chamas... Foi a primeira novela solo de Cristianne Fridmann, que vinha de grandes colaborações, como na antecessora Bicho do Mato (2006), que escreveu na companhia de Bosco Brasil, autor de Tempos Modernos (2010) da TV Globo. Cristianne fez carreira também na Vênus platinada, nas temporadas de 2001 e 2003 de Malhação, na novela Coração de Estudante (2002) e na série Carga Pesada (2003). A novela concorreu ao Troféu Imprensa na categoria de "Melhor Novela". 

Trilha Sonora: Está dentre uma das melhores trilhas da emissora, contando com regravações de sucesso ou com canções inéditas muito boas. Era uma trilha eclética, com canções do rock nacional, pagode, MPB e um clássico internacional, que foi tema de Pedro e Carolina. Apesar de ser lançado apenas um disco, a novela contou com outras canções que não figuram na trilha. Mas para representar, eu escolhi uma canção, que é original da amada Preta Gil, mas que teve regravação na voz de Antônio Villeroy, "Sinais de Fogo". 

  1. "Fogo e Paixão" - Fábio Jr. (Tema de abertura)
  2. "Sinais de Fogo"- Antonio Villeroy (Tema de Pedro)
  3. "Sem Dívida Sem Dúvida" - Jorge Aragão (Tema de Vó Tuquinha)
  4. "Primeiros Erros" - Mike Foxx (Tema de locação)
  5. "Escolhas, Provas e Promessas" - CPM 22 (Tema da gangue) 
  6. "Entre A Sola E o Salto" - Alcione & Gilberto Gil (Tema de Arlete)
  7. "Carolina" - Seu Jorge (Tema de Carolina)
  8. "Escorregadia" - Twiggy (Tema de Raíssa) 
  9. "Qualquer Coisa" - Arnaldo Antunes (Tema de Tomás)
  10. "Faz o Pagode Explodir" - Dudu Nobre (Tema de Ivonete) 
  11. "Meu Mundo Ficaria Mais Completo Com Você" - Cássia Eller (Tema geral) 
  12. "Hoje Eu Quero Sair Só" - Lenine (Tema de Manu)
  13. "Feelings" - Morris Albert (Tema de Pedro e Carolina) 
  14. "Also Spreach Zarathustra - Hervah (Tema de ação dos bombeiros)