Algo inusitado chama a atenção na atual trama das sete: o eterno apogeu dos antagonistas. Antes de entrar no assunto, propriamente dito, vamos lançar um olhar para os mocinhos da história: Malu (Fernanda Vasconcelos) e Bento (Marco Pigossi).
Ela sempre mante um amor não correspondido por Maurício (Jayme Matarazzo), namorado da irmã. Tentou tirá-lo de Amora, sem muito êxito, acabou se descobrindo apaixonada pelo 'boa praça' Bento. Este por sua vez acreditou piamente na vilã da história, quando esta lhe garantiu que o amava e que juntos viveriam, enfim, a história de amor que lhes era cabida. Ingênuo, descobriu a verdade e resolveu dar uma chance para a 'sangue bom' Malu. Tudo estava lindo e perfeito, não fosse o fato de Amora tramar mais uma vez para separar o casal e se dar bem. Mas para isso, ela acabou batendo de frente com o principal vilão da trama, Fabinho (Humberto Carrão).
Chegamos no ponto em questão: o duelo dos vilões. Percebi tal fato quando me vi num debate com minha mãe, a respeito de quem estaria 'certo' nessa história do falso exame de DNA. Óbvio que a resposta é: nenhum dos dois. Fabinho queria se apossar da herança de Plínio (Herson Capri) para humilhar a todos, enquanto Amora queria que Bento se tornasse - da noite pro dia - o herdeiro para que ela pudesse usufruir dos bem materiais dele, além de separá-lo de Malu, que acabaria sendo sua irmã. E nessa situação, o melhor seria torcer para qual dos dois?!
Pois é, se desde criança nos foi ensinado que não devemos fazer o mal a ninguém, e blá blá blá... Quando assistimos a novela das sete nos vemos num questionamento tão intimista que acabamos colocando nossos valores à prova. Eu fui por um caminho mais ameno, optei pela simpatia para com o ator que dá vida ao personagem; e nesse quesito Humberto Carrão ganhou meu coração. Com isso, passaria horas discorrendo a respeito do fato de crer que Fabinho seria menos pior do que Amora, apesar de saber da minha total falta de imparcialidade.
