E se Em Família tivesse outro autor?



Em Família está chegando a sua reta final - lembrando que Manoel Carlos pediu, antes mesmo da novela começar, que sua história tivesse apenas 150 capítulos -, e mesmo assim a trama constantemente é alvo de críticas e tida como a menor audiência do horário. Bem, Manoel Carlos nunca esteve dentre os autores com maior audiência na telinha, mas mesmo assim, sempre teve grande repercussão (e é o queridinho do merchan da Rede Globo). Já outros autores se tornaram ícones de grande público e são donos de estrondosa repercussão. Pensando nisso, resolvi fazer um “E se fosse...”, imaginando como seria a atual novela das nove, se fosse escrita por outros grandes autores da teledramaturgia. Os eleitos foram Gilberto Braga, a voadora Glória Perez, João Emanuel Carneiro, Sílvio de Abreu e Aguinaldo Silva. Valendo...

Em Família, por Gilberto Braga 
Helena se casaria com Virgílio e seria apaixonadíssima por ele e renegaria Laerte no altar. Depois disso, ele tentaria matar Virgílio, mas sem êxito fugiria pra fora do país, onde perderia toda a fortuna. Ao voltar para a terra tupiniquim, ele se casaria com Luiza por interesse. Esta, por sua vez, manteria a relação só para afrontar a mãe. No meio do caminho surgiria a periguete Lívia, que tentaria dar o golpe em Laerte, mas ele seria mais astuto e não cairia na lábia da interesseira. Quando o plano do músico estivesse completo e ele conseguisse todo o dinheiro de Luiza, ele se separaria dela e forçaria Helena a se casar com ele, em uma cerimônia sem convidados. Então, ele tentaria fugir do país com ela, mas Virgílio chegaria na última hora e salvaria a amada. Mas Laerte conseguiria fugir. Quando chega ao exterior, reencontra Luiza, que tinha dado o golpe em algum milionário e compraria o vilão da trama. Entre brigas e romances, os dois terminariam a trama juntos. Outro personagem importante seria Branca, que ajudaria financeiramente a novela toda, porque seria uma rica boa praça e que gosta de ostentar.  


Em Família, por Glória Perez

Helena é uma moça de um país exótico do Oriente Médio, cuja família leva os preceitos religiosos ao extremo. E Virgílio é um homem pobre, de casta inferior, mas mesmo assim ela o ama. Até que surge em seu caminho, um casamento arranjado com o sutão Laerte, um homem poderoso em seu país. Com o tempo, Helena começa a sentir um afeto pelo marido, mas mesmo assim se sente confusa e incompleta. Então, acaba indo pra cama com Virgílio, com quem tem uma menina chamada Luiza. Laerte descobre tudo e se muda pra outro país, voltando apenas vinte anos depois. Dado o retorno, ele se aproxima da jovem Luiza e resolve se vingar da mãe da moça, se casando com ela. Com o tempo, os dois se envolvem de verdade e se vêem em um romance intenso e cheio de amor. Are baba! Outra personagem relevante na história é a irmã de Helena, Clara, que resolve largar o lar e viver com outra mulher. A moça é jogada ao vento quando a família descobre a verdade.


Em Família, por João Emanuel Carneiro

Helena e Shirley, quem será a dona do coração de Laerte? Das mulheres, cresceram juntas, pareciam amigas, mas no fundo uma escondia da outra a raiva de ter nos braços o cobiçado Laerte. Shirley arma um plano de vingança e tenta matar Virgílio, quando descobre que Helena e Laerte se casariam. Feito isso, ela joga a culpa toda no músico, que acaba sendo preso e se vê encurralado, indo embora do país. Vinte anos depois ele volta, e promete se vingar de quem armou contra ele. Quando chega aqui, vê que sua amada Helena está casada com Virgílio, se tornando então seu arquiinimigo. Shirley novamente arma contra Helena, alegando para Laerte que os dois armaram tudo juntos. Ele cai na história da vilã e acaba se casando com ela, para desespero que de Helena, que ainda o ama. Mas Laerte quer vingança e abandona Shirley pra se casar com Luiza, filha de Helena e fazer pra ela tudo que sua mãe lhe fizera. No final, todos descobrem que Shirley era a grande maquiavélica e ela, sem o amor de Laerte acaba ficando louca.


Em Família, por Sílvio de Abreu

Durante uma noite, Virgílio é dopado e tem o rosto desfigurado numa tentativa de assassinato. Mas ele não morre, para desespero de todos. Mesmo assim, resolve não contar o que aconteceu pra ninguém, dizendo que não sabe quem fez aquilo. Pronto: meses de mistério para descobrir quem tentou matar Virgílio. Com o tempo, ele se casa com Helena e tem uma filha, Luiza. A moça se vê envolvida por Laerte, amigo de infância de seus pais. Mas Virgílio não é a favor do romance, por motivo desconhecido. Ao final da trama, a verdade vem à tona e Virgílio assume que o seu quase assassino era Laerte, que se envolvera com Luiza apenas para tentar matá-lo de verdade e ficar com Helena. Um dos personagens mais relevantes é o viciado em craque, Felipe, irmão de Helena, que acaba se perdendo por São Paulo, onde a história se passa. Sua família o encontra no Minhocão e resolve interná-lo.


Em Família, por Aguinaldo Silva

No sertão nordestino, vive a jovem Helena e sua família. A moça resolve partir pra cidade grande, buscando melhor condição pra seus pais e irmãos. Larga pra trás seu grande amor, Virgílio e parte em busca de seu sonho. Chegando no Rio, ela conhece Laerte, um boa praça que ganha seu coração, mas que no fundo tem interesse apenas no pouco dinheiro que a moça leva pra cidade maravilhosa. Helena cochila e Laerte rouba seu dinheiro e foge. Ela se desespera e é amparada por uma senhora rica que a acolhe e lhe dá um emprego. Com o tempo, Helena guarda dinheiro e monta sua pequena construtora. A partir dali, ela constrói um império e se casa com Virgílio, que se muda para o Rio. Vinte anos depois, com uma filha grande, surge um rapaz diferente que envolve a jovem. Helena nem desconfia, mas é Laerte, que fez uma plástica facial e continua dando golpes em moças ricas. Surge então uma mistura de ódio e amor entre os dois, até que ela abandona o lar e ele abandona Luiza e os dois vão viver juntos em uma ilha do Caribe. FIM. 


Reprodução das imagens: Instagram e Rede Globo