Y a mucha honra: Café, com aroma de mulher


Depois de muito tempo, volto com a coluna "Y a mucha honra", para relembrar clássicos estrangeiros. E como segunda temos uma estreia no nosso amado SBT, vamos falar desse clássico que não é mexicano como a maioria, mas vem da Colômbia para conquistar multidões e entrar pra lista das 20 melhores novelas da People - que eu não concordo, mas nem ligo, porque os norte-americanos não entendem de novelas. Enfim, a novela que estou falando é Café com Aroma de Mulher, exibida originalmente entre 1994 e 1995 e transmitida no Brasil, de março a setembro de 2001. Confira a abertura original, criada pelo canal RCN Televisón, e cantada pela atriz principal e uma das maiores cantoras da Colômbia.


A trama começa com a morte de Otávio Vallejo, uma dos maiores proprietários de café do país. Devido a tal fato, sua família, que está espalhada pelo mundo resolve voltar para o sepultamento do patriarca. Com o reencontro e a morte de Otávio, ocorre uma séria briga entre os filhos dele, Francisco (Gerardo de Francisco) e Rafael (Gustavo Corredor). Com as propriedades dividas, o testamento de Otávio exigia que os bens só poderiam ficar nas mãos dos homens da família, passando de geração em geração. Sendo assim, caso Francisco morresse quem tomaria posse seria Ivan (Cristóbal Errázuriz), e caso Ivan viesse a faltar, seria seu filho quem tomaria o lugar. 


No caso de Rafael, seria Sebastião (Guy Ecker), e sucessivamente seu filho. Mas Sebastião sofria de problemas psicológicos, que o impediam dele se apaixonar, e futuramente gerar frutos que pudessem herdar seus bens. Dessa forma, Ivan se aproveita da situação, pois caso Rafael e Sebastião faltem, todos os bens iriam para suas mãos. 


Porém, nem tudo está perdido para Sebastião. Em um belo dia, ele ouve um cantarolar ao longe e resolve ver de quem se trata. Descobre-se que é uma apanhadora de café que sempre aparece na região por volta de outubro em busca de trabalho. Seu nome é Gaivota (Margarita Rosa de Francisco). 


Os dois acabam se envolvendo, às escondidas, por conta da família preconceituosa de Sebastião. Porém, o rapaz deve voltar pra Londres, para concluir os estudos. Os dois fazem um pacto de se reencontrarem depois de um ano, quando Sebastião retornasse ao Brasil. Porém, o que ninguém imaginava é que do envolvimento dos dois, Gaivota estaria grávida. A moça resolve viajar para a Europa com o intuito de encontrar seu amado, chegando lá, cai nas lábias de uns malandros e acaba se tornando prostituta no velho mundo #basfond. Quando Sebastião retorna ao país, fica sabendo do destino de Gaivota na Europa e resolve dar um rumo em sua vida, se casando com uma amiga sua, apaixonada por ele, a fria Lúcia (Alejandra Borrero). 

 
Gaivota então perde a criança e consegue retornar ao Brasil. Chegando aqui, ela encontra Sebastião casado e aparentemente feliz ao lado de Lúcia.  Ao longo da trama, ocorrem encontros e desencontros, mas enfim, um término feliz para o casal. 

Curiosidades: Foi uma das novelas mais assistidas na Colômbia, só perdendo o pódio anos depois, com a transmissão de Yo soy Betty, la fea (1999). E não foi só no México que foi um fenômeno, aqui ela conseguiu bater entre 17 e 20 pontos, números altíssimos para o SBT - ainda mais se comparar com a audiência de hoje em dia das emissoras -, até porque ela competia com a trama Porto dos Milagres da Rede Globo. Durante sua segunda transmissão aqui, conseguiu ser líder de audiência no turno da tarde, em seu último capítulo. Ganhou um remake da mexicana Televisa, com o nome de Destilando Amor (2006); a versão foi um fiasco aqui no Brasil e a emissora do tio Sílvio cancelou a transmissão, assim, do nada, como adoram fazer.

Fonte: Wikipédia, Telenoveleiros